Apesar
de não ter sido minha a ideia do post, dedico ele todinho a mim, que TANTO
sofro com minha TPM (Tensão Pré-Menstrual) crônica.
(O
diagnóstico é por minha conta!)
Milhões
de mulheres em idade reprodutiva apresentam sintomas emocionais, cognitivos e
físicos relacionados ao seu ciclo menstrual.
E engana-se quem pensa que todo este transtorno é resultante da
vida moderna cada vez mais estressante para as mulheres.
As primeiras referências
à TPM encontram-se nos relatos de Hipócrates!
Mas apenas em 1931 que Robert T.
Frank fez a primeira descrição científica relacionada ao acúmulo de hormônios
sexuais no organismo, já denominando tensão pré-menstrual.
Na década de 50 foi proposta a adoção do termo “síndrome
pré-menstrual”, já que o outro era considerado insuficiente, sendo a tensão
apenas um dentre os sintomas apresentados nesse transtorno.
Síndrome ou tensão, o fato é que nosso
sofrimento é intenso e constitui um problema de saúde público (acabei de descobrir!),
já que a TPM não se
restringe à relação da mulher consigo mesma, mas reflete também no
relacionamento interpessoal e complexo da sociedade, seja promovendo um desgaste transitório nos contatos familiares, seja predispondo ao número de incidência
de delitos, acidentes e baixa produtividade no trabalho.
Enquetes
epidemiológicas mostram que 75% a 80% das mulheres apresentam sintomas durante
o período pré-menstrual.
Aproximadamente 10% delas declaram que seus sintomas
são perturbadores, impondo a necessidade de auxílio profissional.
E entre
2% e 8% (olha eu nas estatísticas!) das mulheres em idade reprodutiva padecem
de sintomas severos o suficiente para desequilibrar suas vidas social, familiar
e/ou profissional
durante uma a duas semanas de cada mês.
Elas
demonstram irritabilidade intensa, frequentemente acompanhada de humor
depressivo, queixas de desconforto, fadiga, sensação de
intumescimento e dolorimento dos seios, abdome e extremidades, além de dor de
cabeça e compulsão por alimentos ricos em açúcares.
A
única parte boa é que toda esta constelação de sintomas desaparece, como num
passe de mágica, após a descida do fluxo.
Um estudo
mostrou um dado alarmante, que me fez pensar em
procurar tratamento já (!):
uma
mulher que inicia com sintomas aos 26 anos de idade, vai sofrer mais de 200 ciclos
sintomáticos, ou seja, de 1400 a 2800 dias com prejuízo funcional e relacional.
O estresse crônico progressivo ao longo da vida reprodutiva vai sendo acumulado
a cada ciclo sintomático, com tais mulheres apresentando de 7 a 14 dias
sintomáticos/mês, o equivalente a 1680 dias sintomáticos por década!
Então fui procurar nos alimentos (que eu acredito que pode ser o remédio pra
maioria das coisas), alternativas que possam aliviar esse quadro.
Alguns
alimentos parecem ter importante implicação no desenvolvimento dos sintomas,
como chocolate, café, sucos de frutas e álcool; as deficiências de vitamina B6 e
de magnésio são consideradas.
Esses dados são de uma revisão e não
foram confirmados.
Ainda, um consumo excessivo de
carboidratos foi associado com edema, alterações do humor e fadiga.
Sinceramente
não entendi o que tem de errado com o suco de frutas.
O suco natural de frutas, além de ser diurético,
fornece vários nutrientes!
O suco natural de frutas, além de ser diurético,
fornece vários nutrientes!
Com relação ao chocolate,
o problema seria com a cafeína (que já foi discutida aqui). Em minha
opinião, não acho que seja tão prejudicial assim, pois é o excesso dela que
causa irritabilidade. Penso que até pode, sim, nos deixar mais calmas e felizes
(com moderação!)..
Um dado curioso é que consumidoras de cafeína em grandes
quantidades apresentam encurtamento dos ciclos menstruais.
Ou seja, sofrem mais
com os sintomas.
Mas vamos de fato ao “tratamento”!
As principais recomendações
dietéticas incluem consumo limitado
de sal, açúcar refinado, cafeína, álcool e gordura, aumento do consumo
de carboidratos complexos, fibras e suplementação de cálcio e magnésio.
Sódio
O excesso de sódio (sal)
está fortemente relacionado com os quadros de inchaço e dolorimento dos seios,
abdome e membros inferiores. Portanto, reduzir
a quantidade já alivia bastante.
Vitamina B6 (piridoxina)
É
amplamente utilizada para alívio dos sintomas da TPM, por ser um co-fator para
a síntese de neurotransmissores. Também é citada como um diurético natural. Onde
encontrar: Fígado, carnes de aves, atum, leite, feijões, gérmen de trigo, banana,
aveia e outros cereais integrais.
Ácido gama linolênico (GLA)
A conversão do ácido linoleico para GLA
pode estar diminuída em mulheres neste período. Por isso sua suplementação é
indicada em alguns casos, apresentando melhor resposta no quadro de mastalgia. Onde encontrar: Óleo de prímula (procure orientação do seu Médico ou
Nutricionista, para saber se há necessidade e qual a recomendação).
Magnésio
Pode reduzir os sintomas da TPM, principalmente retenção
hídrica, dor mamária e ganho de peso. É necessário incluí-lo constantemente em
sua dieta, porque em casos de deficiência, seu efeito só aparece após três
meses do início da suplementação. Onde encontrar: Frutas e hortaliças como abacate, banana, quiabo,
couve e espinafre; feijões, lentilha, uva passa, soja, grãos integrais, nozes
(link), gergelim, semente de girassol, camarão.
Cálcio
Estudos mostram que a suplementação com 1200
mg de carbonato de cálcio por dia, por três ciclos menstruais, reduziu os
sintomas da TPM em 48%.Mas vale tentar incluir o cálcio apenas com a
alimentação. Onde encontrar: Leite e seus derivados são as principais fontes.
Vitamina A
Parece elevar os níveis de progesterona reduzindo,
desta forma, os sintomas da TPM. Onde encontrar: Mamão, cenoura, batata doce, queijos, fígado,
manga, espinafre.
Vitamina E
Pode causar melhora nos sintomas, mas não encontrei
nada específico.
Onde encontrar: Folhas verdes escuras, óleos vegetais, gérmen de
trigo, gema de ovo e fígado.
E, finalmente, recomenda-se atividade física
regular, baseada principalmente em exercícios aeróbicos.
(Neste caso, procure
um Educador Físico para a melhor orientação.)
A ciência mostra que mulheres que
realizam atividade física aeróbica pelo menos três vezes por semana têm menos
sintomas que aquelas sedentárias, principalmente com relação ao dolorimento dos
seios e edemas.
tenho este problema ,parece que acaba o mundo quando ando assim !:((((
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