Os adoçantes
são substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor doce com
menor número de calorias por grama e que apresentam capacidade de adoçar muito em pequenas concentrações.
Indivíduos mais jovens, geralmente,
utilizam adoçantes dietéticos para manutenção do peso; à medida que a idade aumenta, a motivação
para utilização de adoçantes dietéticos muda, sendo, então, a perda de peso e a
presença de doenças as principais razões.
Existe uma confusão entre os termos, mas o que EU acredito estar correto, depois de tudo que li, é que os
adoçantes são
compostos por substâncias edulcorantes (que adoçam)
e por um “agente de corpo”, que confere durabilidade, boa aparência e textura ao produto final.
e por um “agente de corpo”, que confere durabilidade, boa aparência e textura ao produto final.
A
maioria dos adoçantes comercializados contém dois ou mais edulcorantes em sua
fórmula, e essa mistura visa potencializar as vantagens de cada um e
neutralizar as desvantagens, principalmente o sabor residual.
Presentes em
todos os adoçantes, os agentes de corpo são espessantes e anticongelantes,
inibem a cristalização, ajudam a mascarar o sabor residual e, portanto, melhoram
o gosto do produto final.
Os mais usados são o manitol, sorbitol, xilitol,
isomalte, lactose, frutose, maltodextrina, dextrina e açúcar invertido.
A ingestão de grandes quantidades de manitol ou sorbitol pode ter efeito laxativo.
A ingestão de grandes quantidades de manitol ou sorbitol pode ter efeito laxativo.
Até a década de
1980, no Brasil, os adoçantes, bem como todos os produtos dietéticos, eram
regulamentados como drogas, sendo comercializados em farmácias e consumidos
apenas por quem necessitasse controlar a ingestão de sacarose,
como os diabéticos.
como os diabéticos.
Entretanto, a partir de 1988, os produtos à base de edulcorantes
tiveram seu uso estendido para a população em geral.
Acontece que a maioria das pessoas faz uso indiscriminado
destes produtos, sem saber das consequências e, mesmo quem realmente precisa
usá-los, o faz sem nenhuma orientação formalizada sobre o assunto.
É muito
importante o acompanhamento de um profissional, no caso, o Nutricionista, para
os devidos esclarecimentos, em especial aos que usam devido a uma patologia.
Os adoçantes dietéticos podem ser comercializados e apresentados sob as formas de tabletes, grânulos, pó ou líquido, sendo esta última a forma preferida da maioria dos consumidores, devido a sua praticidade.
Porém, o controle que os pacientes
têm com a quantidade do adoçante líquido, no momento do uso, reflete mais a
preocupação de manter constante a palatabilidade do que seguir as recomendações
de quantidade permitida para consumo.
Os tipos de edulcorantes atualmente permitidos para
comercialização no Brasil são: sacarina sódica, ciclamato de sódio, aspartame,
acessulfame de potássio, sucralose, esteviosídeo, neotame e taumatina.
Apresento, de forma resumida, as características dos principais.
Apresento, de forma resumida, as características dos principais.
Sacarina sódica
A substância é
400 vezes mais doce do que o açúcar, quando usada em concentrações muito altas tem
sabor amargo e por isso passou a ser associada a outros edulcorantes. Devido às
limitadas informações disponíveis quanto aos riscos da sacarina para fetos
humanos, o uso deste adoçante deve ser evitado durante a gestação e lactação.
Ciclamato de sódio
É constituído
pelo ácido ciclohexilsulfâmico e sais de sódio, cálcio e potássio. Adoça de 30
até 140 vezes mais que o açúcar e não possui calorias. Não tem sabor residual e
não sofre alterações com elevação da temperatura. Quando associado à sacarina,
o ciclamato atenua seu sabor desagradável.
Suspeita-se que a substância possa causar efeitos citogenéticos
sobre linfócitos humanos.
Suspeita-se que a substância possa causar efeitos citogenéticos
sobre linfócitos humanos.
Aspartame
É um adoçante
de sabor muito semelhante ao açúcar e ambos apresentam o mesmo valor calórico,
porém, tem o poder de adoçar 180-200 maior,
o que o torna útil como adoçante.
o que o torna útil como adoçante.
Após sua
ingestão, o aspartame se decompõe na luz intestinal
em metanol, aspartato e fenilalanina.
A principal preocupação é
em relação ao seu uso por pessoas com fenilcetonúria, tanto doentes como
portadores assintomáticos, já que estes devem evitar o consumo de qualquer
produto que contenha fenilalanina e, por isso, devem evitar o aspartame, uma
vez que um de seus metabólitos é a fenilalanina.
Também pode provocar crises de
enxaqueca em indivíduos sensíveis.
Acessulfame de potássio (Acessulfame – K)
É um sal de
potássio sintético, isento de calorias, que adoça 200 vezes mais do que o
açúcar e que pode ser levado ao fogo sem perder a doçura. De sabor agradável,
no começo da degustação é intensamente doce, sensação que desaparece depressa,
mas sem deixar resíduo ruim na boca. É encontrado em muitos produtos
alimentares, como chicletes, sucos, gelatinas e pudins, numerosos produtos
assados e laticínios.
Sucralose
Seu poder
adoçante é 600 vezes maior do que o açúcar, é isenta de calorias e possui
grande estabilidade térmica (resiste a temperaturas altas e baixas) e química e
seu consumo não prejudica o controle glicêmico de pacientes. Assim como o
aspartame, também pode provocar crises de enxaqueca. Não apresenta riscos
carcinogênicos, neurológicos ou reprodutivos para os seres humanos.
Esteviosídeo
É um adoçante não
calórico, que adoça 300 vezes mais do que o açúcar e tem gosto amargo de ervas no
momento da ingestão. Apresenta boa estabilidade em altas ou baixas
temperaturas.
A estévia reduz
a glicemia pós-prandial de pacientes com diabetes tipo 2. O duplo efeito - anti-hipertensivo e anti-hiperglicêmico - torna
a estévia particularmente indicada no tratamento de pacientes obesos com
síndrome metabólica.
Pode ser usada em pacientes com fenilcetonúria e não foram
descritas reações alérgicas até o momento.
Com relação aos edulcorantes presentes na fórmula
(aqui tem uma tabela com as marcas disponíveis no mercado e seus compostos),
os mais vendidos são a base de aspartame, devido ao sabor e a mistura sacarina e ciclamato, por serem os mais econômicos disponíveis no mercado.
(aqui tem uma tabela com as marcas disponíveis no mercado e seus compostos),
os mais vendidos são a base de aspartame, devido ao sabor e a mistura sacarina e ciclamato, por serem os mais econômicos disponíveis no mercado.
Eu me limito a apresentar os dados, já que não posso opinar –
ODEIO adoçantes!
Não suporto mesmo o gosto.
Não suporto mesmo o gosto.
Muitas discussões
estão surgindo relacionando o consumo dessas substâncias artificiais com
possíveis malefícios à saúde humana. A principal questão gira em torno do uso
do aspartame, se pode, ou não, ser tóxico ao organismo humano. Esta toxicidade
tem relação com o metanol, que, por sua vez, produz formaldeído e ácido
fórmico, responsáveis pela acidose e toxicidade ocular
atribuíveis à ingestão de álcool.
atribuíveis à ingestão de álcool.
Alguns estudos estão sendo realizados em populações
específicas, geralmente abordando os efeitos do consumo de edulcorantes em
longo prazo e sua relação com a saúde, tais como o desenvolvimento de câncer,
aumento no apetite (esse merece outro post) e
ganho de peso, principalmente.
No entanto, nada ainda está bem esclarecido.
No entanto, nada ainda está bem esclarecido.
A ANVISA, com base em recomendação da OMS, desaconselha o uso
de adoçantes à base de sacarina e ciclamato para pacientes hipertensos, em
virtude da elevada concentração de sódio desses edulcorantes.
Para pacientes
diabéticos e/ou hipertensos, a literatura sugere
que os mais recomendados sejam os adoçantes à base de estévia, tendo em vista
suas propriedades terapêuticas já citadas.
E, para finalizar, ainda baseada em dados da ANVISA, deixo
essa "tabelinha" com a Ingestão Diária Aceitável (expressa em mg da
substância/kg de massa corporal) dos edulcorantes mais populares, que é uma estimativa
da quantidade máxima que uma substância pode ser ingerida por dia e durante
toda a vida de uma pessoa, sem oferecer risco à saúde.
Edulcorante/ Dose (mg)
Sacarina/ 3,5
Esteviosídeo/5,5
Ciclamato/11
Aspartame/40
O cálculo para conhecer sua dose diária é bem simples.
Basta multiplicar o valor da dose para cada tipo de edulcorante apresentado na tabela pelo seu peso habitual em Kg.
Basta multiplicar o valor da dose para cada tipo de edulcorante apresentado na tabela pelo seu peso habitual em Kg.
Exemplo: para um indivíduo com 50 kg, a dose diária de esteviosídeo
é 275 mg/dia (5,5 x 50).
Peço desculpas por me estender demais e mesmo assim ter ficado
faltando informações. Quem ainda tiver dúvidas, ou sugestões, deixem nos
comentários e eu faço um novo post!
Parabéns pelo post, bem esclarecedor!!!!
ResponderExcluirObrigada Gabriela!
ResponderExcluirÉ sempre muito gratificante saber que vocês estão gostando.
:)
Ótimo Cida!!!objetivo e de fácil entendimento para todos!
ResponderExcluirObrigada Ulisses!
ResponderExcluiraspartame deve ser evitado aos que possuem intolerância a lactose?
ResponderExcluirGabriela, o grande problema, com relação à lactose, é que é permitida sua utilização pela Legislação Brasileira, e todos os adoçantes dietéticos em forma de pó, produzidos no Brasil, contém lactose.
ExcluirInclusive os que são à base de estévia.
À princípio, EU recomendo que seja evitado.
Em breve farei um post sobre intolerância à lactose e, então, discuto mais sobre este assunto.
Obrigada pela dúvida!