A fritura é
uma forma de preparação rápida que confere aos alimentos características únicas
de aroma (contestável), sabor e palatabilidade. Por isso, mesmo não sendo
saudáveis, os alimentos fritos são tão consumidos.
Mas além do
prejuízo à saúde, temos um problema ambiental com o seu consumo, que está
relacionado ao descarte do óleo utilizado para este fim.
Você sabia
que, quando jogado nos ralos ou lixo comum, este óleo se torna o maior
poluidor de águas, doces e salgadas, do Brasil?
Para se ter
uma ideia, apenas
um litro de óleo é capaz de poluir até 20 mil litros de água!
Isso porque ele
é menos denso que a água e forma, em poucos dias, uma fina camada sobre a
superfície, o que bloqueia a passagem de ar e luz,
impedindo a respiração e a
fotossíntese.
E este é só
um dos problemas.
Quando
jogado na pia, permanece retido no encanamento,
atraindo ratos, por exemplo, e ainda causa o entupimento das tubulações se não
for separado por uma estação de tratamento e saneamento básico.
Se ele chega
aos rios e mares, sem ser devidamente tratado, os problemas citados
anteriormente causam danos à fauna aquática, provocando a morte de diversas
espécies.
No caso do
óleo ser despejado diretamente no solo, a impermeabilização da terra é o
primeiro resultado dificultando, assim, a passagem da água de chuva e
propiciando enchentes. Mas ainda pode entrar em decomposição, soltando gás metano durante
este processo e causando mau cheiro, além de agravar o efeito estufa.
Então como
resolver o problema?
Há quem fale
em colocar o resíduo dentro de uma garrafa plástica e jogá-la no lixo. No
entanto essa não é a melhor solução, pois, em caso de vazamento, o resíduo pode
contaminar do mesmo jeito.
O fato é que
não existe um modelo de descarte ideal para o óleo usado. De acordo com o site
Akatu, seja misturado ao lixo orgânico, seja jogado no ralo, na pia ou na
privada, o produto vai custar caro ao meio ambiente.
O que nos
resta é buscar caminhos para minimizar este problema.
O ideal é fazer
a doação dos resíduos.
(Pessoas da Unicamp, é possível fazer o descarte no
Laboratório
de Óleos e Gorduras, na FEA!)
Armazene o óleo em garrafas PET, e quando reunir uma
quantidade significativa, procure um posto de coleta mais próximo. Existem cooperativas
que trabalham exclusivamente com o óleo de cozinha, transformando-o em
biodiesel ou sabão. Vou deixar aqui locais de descarte, mas se você não
encontrar nenhum próximo à sua casa, faz uma busca no Google.
Jamais despeje o
mesmo na pia, nos esgotos ou em terrenos baldios!
E, se possível, conscientize
às pessoas à sua volta,
pois isso é questão de cidadania!
Vale
ressaltar que, além de possibilitar uma saída ecológica para o óleo, você
também estará apoiando boas iniciativas e gerando empregos e renda para um
importante segmento social: os catadores. Podemos citar como um exemplo, o
PROVE, no Rio de Janeiro, que você pode saber mais aqui.
Mas você
também pode fazer seu próprio sabão (veja aqui a receita). Apenas use os
equipamentos de segurança necessários e não faça na presença de crianças, pois
a soda cáustica é um produto perigoso!
E mesmo que
você não anime de fazer, sempre tem alguém precisando da doação de óleo para
este fim!
Aqui alguns
endereços de cooperativas que encontrei. E se você conhece algum ponto de
coleta em sua cidade, deixe o endereço nos comentários. Vamos disseminar
está prática!
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