Diz a lenda que (em um passado remoto..) um
pastor chamado Kaldi, observando que seus carneiros ficavam mais espertos ao
comer as folhas e frutos do cafeeiro, experimentou os frutos e sentiu maior
vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma
infusão destes frutos para resistir ao sono enquanto orava.
Desde então, o café passou a ser difundido
pelo mundo e seu consumo se torna cada vez mais frequente, em suas mais
diversas formas: puro, com leite, mocha, cappuccino, pingado, cortado.. entre
tantos outros.
Como acontece com a maioria dos alimentos,
vira e mexe e ele passa de mocinho à vilão da saúde nos noticiários. E a dúvida
permanece: afinal, o café faz bem ou mal?!
Vou listar os prós e contras encontrados na
literatura, para esclarecimentos, mas sempre vale a máxima: “tudo em excesso
acaba se tornando prejudicial”.
Pouca gente sabe, mas o café não contém
apenas cafeína. Aliás, esta substância é a que está presente em menor
quantidade (de 1 a 2,5% de seu total).
Contém também ácidos clorogênicos, que apresentam ação antioxidante, assim como as melanoidinas, que são os pigmentos marrons formados durante
o processo de torrefação e que dão cor característica a bebida.
A atividade antioxidante das melanoidinas
estão associadas à prevenção
de algumas doenças, como Mal de Alzheimer e Mal de Parkinson.
Após a torra, os
ácidos clorogênicos formam diversos compostos -
os quinídeos, que possuem efeitos
benéficos na microcirculação, além de atuarem como antidiabético e anti-alcoolismo.
e também o Mal de Parkinson.
E, pra
finalizar, a polêmica cafeína!
O café é a
fonte mais rica dessa substância.
Sob condições
experimentais, pode-se dizer que a cafeína, em doses moderadas (200 a 300 mg/dia, o equivalente a 2,5
xícaras de café), produz ótimo rendimento
físico e intelectual, aumento da capacidade de concentração, mantém o indivíduo
alerta, melhora as funções cognitivas
(memória, linguagem, capacidade de aprendizado),
e está
relacionado à prevenção do Mal de Alzheimer .
Estudos
demonstram que doses elevadas
(acima de 600 mg/dia, ou seja, mais de 6 xícaras de café ao dia) podem causar
sinais perceptíveis de confusão
mental, ansiedade, nervosismo, tremores musculares e taquicardia.
Com relação ao sono, mesmo que não interfira no
tempo, a cafeína
pode atrapalhar sua
qualidade.
Também altera a motilidade do trato
gastrointestinal, podendo causar refluxo
gastroesofágico, e a frequência exagerada no seu consumo é,
possivelmente, um fator de risco para alterações nos níveis de
pressão arterial.
pressão arterial.
Importante ressaltar
que a retirada súbita de cafeína, mesmo que em doses moderadas, pode levar a
abstinência, causando depressão, náuseas, vômitos, cefaleia, e diminuição da
concentração.
Estou adorando seus comentários sempre levando em consideração o que tem na literatura... coisa de quem tá na area acadêmica mesmo!
ResponderExcluirObrigada Síntia!
ResponderExcluirTenho me esforçado bastante para cumprir o objetivo inicial, de passar informações sérias e com credibilidade.
Fico feliz que esteja gostando!
Muito bem afinal um cafezinho vai bem a toda hora
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