Como uma erva medicinal, o
alho tem sido usado há séculos e suas principais indicações são para tratamento
de hiperlipidemia e hipertensão.
Útil, também, contra
infecções bacterianas, fúngicas e virais, seu poder terapêutico já é
reconhecido pelo Ministério da Saúde bem como pelo FDA (um órgão do governo dos
Estados Unidos que controla os alimentos e medicamentos por meio de testes e
pesquisas).
Além de reduções moderadas na pressão arterial e nos níveis de colesterol sanguíneo, o alho também inibe a formação de coágulos, impede que o colesterol se fixe nas paredes dos vasos sanguíneos e, assim, ajuda a diminuir os riscos de formação de placas de ateroma que prejudicam a circulação; apresenta atividade imunoestimulante, anti-aterosclerótica, anticancerígena e antimicrobiana.
Essa tabelinha é só um resumo,
com alguns compostos presentes no
alho e sua possível atividade biológica:
Alicina – Antibiótica,
antifúngica e antiviral;
Aliina - Hipotensora e
hipoglicemiante;
Ajoeno - Prevenção de
coágulos e anti-inflamatória, vasodilatadora, hipotensora e antibiótica;
Sulfeto dialil - Hipocolesterolemiante;
Fructanos - Cardioprotetora;
Escordidina - Aumento da utilização da
vitamina B1;
Saponinas - Anticancerígena;
S-alil-cisteína - Hipocolesterolemiante,
antioxidante,
quimioprotetora frente ao câncer.
Entre as principais
substâncias bioativas do alho, com ação comprovada, está a alicina. Encontrada
no bulbo intacto e responsável pelo cheiro do alho, é ativada por enzimas do estômago,
apresentando ação antibacteriana e produzindo vários compostos sulfurados
antioxidantes, como o sulfeto de alila, que tem ação anticoagulante e
antifúngica.
Ela contém, ainda, ácido ferúlico, tóxico para células
cancerígenas.
O efeito do alho sobre as LDL
(colesterol “ruim”) é justificado pela ação antioxidante da aliina, alicina e
do ajoeno, pois inibem a peroxidação lipídica.
O alho também eleva a
capacidade total antioxidante do organismo devido à ação da quercetina e do campferol,
aliados ao selênio, também presente.
A maior concentração de
fitoquímicos terapêuticos encontra-se nos dentes de alho, mas é importante
saber a forma correta de se utilizar, para não atrapalhar a disponibilidade
desde compostos e, assim, perder sua ação terapêutica.
Primeiro que o calor ou
qualquer outro tipo de tratamento térmico diminui muito as concentrações dos
fitoquímicos sulfurados em questão.
E aí temos um grande
complicador: o sabor característico intenso dificulta o seu consumo in natura!
Depois que a maioria dos
componentes sulfurados não está presente nas células intactas e só é liberada quando
o alho é
amassado, partido, cortado ou mastigado.
Apesar do uso frequente em
todos os tipos de preparações culinárias, sua importância nutritiva na dieta é
reduzida por seu emprego ocorrer principalmente como condimento, em pequenas
quantidades.
Recomenda-se que seja consumido
um dente de alho ao dia, crú, quando se deseja conseguir os benefícios
listados, principalmente diminuição da
pressão sanguínea e colesterol.
Entretanto, estudos mostram
que, com a suspensão da terapia, os níveis sobem gradualmente e voltam aos
valores iniciais em até 60 dias.
Alerta! Não é aconselhado o
uso de suplementos de alho para gestantes, nutrizes e crianças abaixo de quatro
anos, por terem sidos descritos casos de dermatite de contato e asma alérgica
após a ingestão do alho in natura; e
nos períodos pré e pós-cirúrgicos, devido ao seu efeito antiplaquetário.
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